segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Nós sabemos

Eu sei e você sabe

Que isso é um jogo.

Eu finjo ser forte e você

Finge não saber disso,

Tenta ser também.


O quanto isso vai durar?

Se toda vez que nos vemos

Tenho que me controlar?

Você olha para mim, pedindo mais

Eu quero o mesmo,

Mas não posso demonstrar.

Só para mostrar...


Que eu não sou mais uma

Que vai correr atrás de ti.

Não sou assim.


Te ignoro, dói em mim,

Só pra você perceber

Que te quero perto de mim.


Te trago para perto,

Depois me afasto

Pra ver se você vem também.


Porque eu sei e você também

Que isso não passa de um jogo.

Eu finjo não querer tanto assim,

Mas o que mais quero

É você perto de mim.

domingo, 23 de outubro de 2011

Longe de mim

Agora eu sei que
Não sabia para onde ir.
Qualquer lugar é longe de mim
Perdi a fé em vocês
E não sei o que é real.
Ter um lugar para sumir
Para todos saberem
Como é banal.
Ser assim tão perdido dentro de si
E me querendo longe de mim.
Mas não sou assim
Não me peça para ficar
E ter que aturar
Suas peças e ações.
Você só é uma pessoa
Que sabe quebrar corações.

Improvável

Eu tento fugir, mas toda vez que fecho os olhos

É você que aparece.

Eu tento não me apegar,

Mas como negar um beijo seu?

Conheço o seu tipo

Que não quer se envolver.

Chega até a mim

E eu tento não me envolver.

E quando penso que já te esqueci,

Que já me decidi,

Você surge nos lugares mais improváveis.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Vai e volta

Não vou dizer que não sabia nas consequências que isso traria. Mas depois de alguns fatos, pensei que pudesse ser, pelo menos, um pouco diferente.
Você diz certas coisas com tanta facilidade, acho que não sabe o efeito que essas palavras têm sobre mim, né? Ou pensa que eu sou tão forte assim? Deixa eu te contar um segredo: Nenhuma mulher é.
Aliás, eu acho que, quanto mais forte ela demonstra ser, mais vulnerável é. Deve ser pra nos auto-enganar, algum tipo de defesa para não sofrermos tanto, mas é claro que isso não adianta nada; A gente sofre sim. Não sou diferente.
Não invente nenhum apelido pra mim, eu levo isso como um gesto carinhoso. E se você não quer que eu fique tentando decifrar seus sinais, é a hora de parar. Para com tudo e finge que nunca existi. Se afasta de mim que eu acordo. Foi assim da última vez e não será diferente agora.
Porque, não é possível que você ainda não percebeu: eu não vou verbalizar nada do que estou sentindo.

As coisas boas vou guardar comigo por precaução, e as ruins também, pra você não se assustar. A única forma de ver o que acontece, é olhando pra mim. Presta atenção nos meus abraços, na temperatura das minhas mãos e como, ás vezes, fico monossilábica com você. Se mesmo assim quiser se aproximar, faça como sempre faz, me aproxima de ti. Não me pergunte nada, não precisa falar nada, só faça.
Mas eu te peço, por favor, quando me aproximar de ti lembra que isso terá algum significado pra mim; Então, se for pra me jogar fora, joga agora. Porque não estou conseguindo lidar com esse vai e volta.
Me leva com você ou me deixe por aqui mesmo, mas me avise em que lugar estamos.

Amor Pacman

Esse monstrinho que se habitou dentro de mim, tem garras e dentes afiados. Cada dia que passa ele vai me triturando. Leva as melhores partes com ele, deixa as piores comigo.
“- Você acha justo, pequeno monstro?” -, ele não responde.
Então arranca mais um pedaço. Aceito isso como um “não” á minha pergunta.
Eu já estava estraçalhada por dentro, e me pergunto como alguém consegue sobreviver num lugar como eu. Mas está tudo bem, já estou me acostumando com a sua presença. Até nomeei o pequeno monstrinho de Pacman. Justamente por ele fazer, basicamente, o que um pacman faz: consumindo, comendo tudo por onde passa.
O codinome dele? Amor.
<3- - - - -

sábado, 15 de outubro de 2011

É você

É duro parecer que está tudo bem quando você me ataca com gestos e palavras que não são para mim. E quando demonstro não estar bem, você me pede pra não ficar desse jeito. Tenta, ao meu parecer, me confortar com poucas palavras, e tenta saber o motivo da minha dor. Eu nunca falo.
Me diz, como eu falo para o causador da minha dor, que é ele o problema?
Você tenta me confortar, mas suas palavras me atacam como facadas na boca do estômago. Não não, facadas no estômago inteiro.
E eu até que gosto de sofrer um pouco.
Me apego ás suas palavras e viro a página, só esperando seu próximo ataque.

Não sei lidar

Sai daqui, sai de mim.
Esquece tudo que falei, esquece o pouco que te dei.
Apaga seu histórico, apaga suas mensagens.
Vou trocar de edredom, vou trocar de atitude.
Eu vou apagar você de mim, vou jogar fora o que imprimi.
Vou engolir o choro que trás seu gosto, e vou sair de fininho.
Você nem vai perceber, nem vai ter importância.
Nunca teve.
Fingirei que tudo não passou de um sonho bom, é foi bom.
Mas eu sempre soube que isso acabaria mal, não é novidade.
Não sei se é um dom seu, mas parabéns.
Depois de muito tempo, você me mostrou sentimentos que eu havia perdido dentro de mim.
Vou guardar todas as risadas e os beijos num lugar bem quentinho, mas vou envolvê-los com um vidro blindado, pra não correr o risco de tê-los de novo.
Não quero cometer o mesmo erro.
A lágrima que está me impedindo de ver o teclado agora, vou secar antes dela cair.
Não quero dizer que derramei lágrima alguma por você.
Não por você.
Vou cobrir a marca que você deixou em mim, e fingir que aquela manchinha surgiu acidentalmente.
E quando eu lembrar dos seus afagos, e dos meus dedos percorrendo seu cabelo, eu vou me focar em outra coisa.
É o que tem me feito bem, mas é quem mais está me machucando.
E eu não sei lidar. Não mais.